segunda-feira, 26 de setembro de 2011

As redes sociais e as relações humanas

    Lev Manovich define cinco princípios que orientam e caracterizam os novos media digitais. São eles a representação numérica (os objectos digitais são manipulados por algoritmos e, por isso, programáveis); a modularidade (os objectos têm a mesma propriedade estrutural em diferentes escalas); a automação (graças aos dois primeiros princípios, são susceptíveis de serem programados automaticamente); a variabilidade (são susceptíveis de um número potencialmente infinito de versões) e, por fim, a transcodificação cultural, ou seja, a transformação dos códigos da cultura por acção dos códigos computacionais. Manovich considerava este o princípio com mais e maiores consequências na vida e acção humanas. De facto, a crescente computarização do mundo à nossa volta acabará por nos trazer mudanças inesperadas a nível cultural e social. Um exemplo emergente é o das redes sociais. Inúmeras e espalhadas por toda a Internet, elas permitem um novo tipo de relacionamento interpessoal que se pauta, ao mesmo tempo, pelo distanciamento e pela proximidade. Ao mesmo tempo que tornam possível uma aproximação entre as pessoas nunca antes vista, promovem também um certo isolamento, no sentido em que acabam por tornar dispensável o contacto e interacção reais. Apesar de serem visíveis as vantagens por estas redes oferecidas, quer ao nível do comércio, negócios ou cultura, quer ao nível da simples interacção social, começam-se a questionar as enormes alterações a que podem levar no que toca aos padrões da cultura humana.  Por exemplo, as redes socias acabam por vir ajudar à democratização, funcionando muitas vezes, como vimos no recente caso Egípcio, como uma arma de liberdade, apesar de vir também acentuar o fosso entre os que têm acesso a este meio e os que não têm. Em todo o caso, a utilização de uma rede social para a convocação de uma manifestação revela-nos a mudança de práticas que este novo meio possibilita, e de que Manovich falava.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SISTEMAS OPERACIONAIS EM MÁQUINAS VIRTUAIS

Em meu primeiro post oficial venho destacar o uso da tão falada máquina virtual e da possibilidade que ela nos dá de utilizar mais de um sistema operacional sem precisar necessariamente instalá-lo no disco rígido.
Aproveito as notícias que circulam pela internet a respeito do lançamento oficial do Chrome OS para apresentar aqui um programa que utilizo e gosto bastante para rodar vários sistemas operacionais de forma simultânea.
O Sun Virtual Box é um software de virtualização desenvolvido pela Oracle que, como o VMware Workstation, cria ambientes para instalação de sistemas distintos. Ele permite a instalação e utilização de um sistema operacional dentro de outro, assim como seus respectivos softwares, como dois ou mais computadores independentes, mas compartilhando fisicamente o mesmo hardware.
Utilizo hoje o Virtual Box na plataforma Windows 7 Ultimate, para rodar sistemas operacionais como o Ubuntu, Windows Server 2003 Enterprise, GoS, Windows XP, Pandorga, Linux Educacional (os dois últimos utilizo como ferramenta de trabalho) e agora espero ansiosamente para conhecer o Sistema Chrome OS que já teve data de lançamento especulada para dia 11/11/2010.
Deixo como sugestão para estudantes e profissionais de TI o Virtual Box, um software poderoso, de fácil utilização e totalmente grátis que poderá ajudar muito no processo de aprendizagem, por exemplo, de sistemas operacionais de plataforma aberta (Linux), das ferramentas disponíveis no Windows Server e para os mais ousados e dispostos a quebrar a cabeça, na tentativa de utilizar o Leopard X(Mac OS) rodando em uma máquina virtual sobre uma plataforma não Apple.

Por: Leonardo Silva
Microsoft Certified Professional
Graduando em Licenciatura da Computação

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SAIBA COMO AGIR APÓS UMA ENTREVISTA DE EMPREGO.

Em um mercado competitivo, no qual as melhores vagas são muito disputadas, candidatos a emprego devem lançar mão de todos os recursos para causar boa impressão. Nesse contexto, uma das coisas que pode fazer bastante diferença é o envio de uma pequena nota de agradecimento, capaz de demonstrar cordialidade e reafirmar o interesse pela vaga. Esse pequeno gesto, no entanto, não é muito comum, principalmente entre os jovens postulantes às vagas de tecnologia.
De acordo com a gerente geral do grupo de recrutamento Winter, Wyman &Company, Tracy Cashman, esse é um erro que pode fazer a diferença: se o recrutador estiver dividido entre dois candidatos, o recebimento de um agradecimento sincero e bem escrito pesará a favor de quem o enviou. Como esse tipo de ação não é tão comum, pode se tornar uma vantagem competitiva para quem adotar a prática. “Mostra cortesia, interesse pela posição e iniciativa”, afirma Cashman.
Mas, para que a ação seja realmente bem sucedida, Cashman afirma que é necessário seguir algumas regras básicas.
1 – Envie o agradecimento prontamente – Logo após o a entrevista, rascunhe a nota de agradecimento enquanto a conversa ainda está fresca na cabeça e envie no máximo em 24 horas. A nota pode e deve ser enviada por e-mail, que é mais imediato, mas deve seguir regras formais de escrita, como se fosse uma carta em papel.
2 – Seja específico e sucinto – Se a nota de agradecimento passar de três parágrafos é melhor reduzir. Cashman diz que uma nota muito longa pode não ser lida inteiramente e, de quebra, somar pontos negativos na avaliação de sua habilidade de comunicação.
Mesmo com pouco espaço, é necessário abordar os pontos-chave da conversa, indicando que você teve atenção ao recrutador e ouviu o que ele tem a dizer.
3 – Siga uma estrutura - Cashman recomenda um modelo para uma nota de agradecimento funcional e eficiente. No primeiro parágrafo, expresse sua gratidão pela oportunidade  de saber um pouco mais das estratégias da companhia, desafios e necessidade por equipe.

No segundo, reitere porque você é um bom candidato à vaga, ressaltando que tem as habilidades desejadas e que está pronto a atender aos desafios e oportunidades que lhe foram apresentados. Mostre também que está confiante que a sua experiência trará benefícios para a organização. A meta é mostrar que o candidato entende quais são as necessidades para a posição e que seria a escolha ideal dentro desses requisitos.
No terceiro parágrafo, reforce seu interesse pela posição e pela companhia e coloque-se à disposição para novas conversas.
4 – Não erre na gramática e na ortografia – Assim como no currículo, erros na carta de agradecimento podem causar péssima impressão e provocar efeito contrário ao desejado. Revise quantas vezes for necessário.
5 – Evite o tom de desespero – Outra coisa que pode minar as chances de obter a vaga é escrever expressões que denotem desespero por um emprego.
6 – Não esqueça informações de contato – Com a excitação da entrevista, não é difícil esquecer de pedir as informações de contato do recrutador para que seja possível mandar a nota de agradecimento. Peça o cartão de visita da pessoa que realizou a entrevista ao final da conversa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

INTEL LANÇARÁ SOFTWARE PARA CONVERTER APPS DE IPHONE


A Intel prepara uma ferramenta que tornará mais fácil para os desenvolvedores portarem aplicativos de iPhone para smartphones, tablets e outros aparelhos baseados em chips da empresa, disse ontem, 5/10, um executivo da companhia.
A maioria dos smartphones e tablets atuais roda em processadores baseados em ARM, por isso os desenvolvedores tendem a escrever aplicativos móveis primeiro para essa arquitetura. Ao tornar mais fácil esse processo de criar versões desses apps para processadores próprios, a Intel espera criar mais programas – e dessa maneira, mais demanda – para aparelhos baseados em seus chips.
A ferramenta identifica quais as mudanças precisam ser feitas em um aplicativo para iPhone, facilitando o processo de conversão do software para rodar em um hardware baseado em chips da Intel, explicou ontem, em uma entrevista, o vice-presidente de software e serviços da empresa, Doug Fisher.
No futuro, essa ferramenta pode fornecer uma maneira simples de se portar aplicativos para o Meego, um sistema operacional móvel baseado em Linux, desenvolvido pela Intel e pela Nokia e lançado no início deste ano.

A ferramenta deve ajudar a aumentar o número de aplicativos disponíveis na loja de softwares da Intel, a AppUp Center. Atualmente a loja hospeda apps de netbook, mas é esperado que ofereça programas para outros aparelhos móveis no futuro. No entanto, a Apple possui uma boa vantagem nessa área. A sua App Store possui cerca de 250 mil aplicativos para o sistema iOS no momento.
“Nós teremos (aplicativos) na AppUp, depois no Meego e eu imagino que no Windows”, disse Fisher. “O processo é basicamente pegar os apps existentes, encontrar aqueles mais relevantes para os usuários, e garantir que eles sejam portados.”
A Intel não anunciou uma data de lançamento para a ferramenta.
“Fazer com que as pessoas fiquem interessadas em desenvolver para as plataformas da Intel é algo absolutamente crucial para nós”, disse. A Intel tenta alcançar isso por meio de ferramentas e competições de desenvolvimentos e tornando mais fácil para os desenvolvedores ganhar dinheiro com seus aplicativos, diz Fisher.
A Intel e a Nokia apresentaram o sistema Meego em fevereiro deste ano. Além de telefones e tablets, ele também é direcionado a outros aparelhos, como set-top boxes e sistemas de entretenimento para automóveis.

No final deste mês as companhias lançarão a versão 1.1 do sistema operacional, que incluirá melhores habilidades de toque e de telefonia. O OS estará presente em netbooks, tablets e automóveis até o final deste ano.
“No primeiro semestre do próximo ano veremos aparelhos móveis com Meego”, disse Fisher. A Intel também disponibilizará o Meego para aparelhos que usam processadores ARM.

Fonte: MACWORLD / REINO UNIDO

IMPORTÂNCIA DA TI NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS


A tecnologia da informação traz inúmeros benefícios para as pequenas e médias empresas ao atuar como fiel escudeiro nas áreas operacionais e estratégicas da empresa, fornecendo dados, informações e “insights” para apoio ao processo de crescimento e maturação do negócio.

Segundo o SEBRAE, a principal causa da mortalidade das pequenas e médias empresas nos seus primeiros anos de atuação está relacionada à falta de informações sobre como analisar o mercado e gerenciar uma empresa em todos os seus aspectos: estratégicos, de marketing, financeiro, tecnológicos e de recursos humanos.

Esta ausência de conhecimento muitas vezes está fundamentada na dificuldade de aquisição do mesmo, sobretudo se analisarmos dois cenários: o primeiro envolve a vida caótica na cidade grande, no qual o custo de deslocamento torna-se cada vez mais alto e impraticável; e o segundo envolve a vida em cidades no qual a qualidade de ensino possa ser questionada, seja pela ausência de infra-estrutura adequada, ausência de profissionais capacitados ou custo inacessível ao pequeno empresário.

A primeira contribuição que a área de TI oferece às pequenas e médias empresas está no conhecimento de baixo custo obtido através de ferramentas de aprendizado à distância ou e-learning (EAD). Utilizando estas ferramentas, as barreiras citadas acima são transpostas, sobretudo quando há sinergia entre os provedores de conhecimento (responsáveis pela elaboração de uma pedagogia adequada ao aprendizado virtual) com os empreendedores impossibilitados de adquirir conhecimento pela maneira tradicional (limitados sobretudo pelas exigências do dia-a-dia).

A segunda contribuição da área de TI está em permitir o compartilhamento do conhecimento entre os membros de uma equipe. Através de ferramentas como listas de discussão, blogs, fóruns, comunidades ou wikis e principalmente, de uma mudança cultural profunda sobre a noção de propriedade da informação, o conhecimento torna-se parte tangível da empresa, desligando-se do plano individual. O empreendedor colhe como principal benefício a evolução de sua equipe que, ao compartilhar informações, consolida-se como um time engajado para o sucesso e, sobretudo, quebra paradigmas que levam a uma competitividade que limita o crescimento pessoal e profissional.

A terceira contribuição está em promover a aproximação das pessoas. O empreendedor que compreende que fazer negócios nada mais é do que satisfazer necessidades dos seus semelhantes percebe que ouvir é mais importante que falar. Com base nisto, a tecnologia cria canais diretos e bi-direcionais (ou seja, você ouve e é ouvido) entre todos os pontos de contato de uma empresa: clientes, funcionários, parceiros, governo, concorrentes, comunidades locais ou sociedade em geral. Esta aproximação é o fornecedor de informação estratégica mais valioso que uma empresa poderá obter utilizando a tecnologia: é da opinião e troca de idéias com os seus pontos de contato (ou como muitos dizem: “stakeholders”) que surge os “insights” de inovação, ações preventivas e ações reativas tão necessárias à sobrevivência do negócio.

Apesar do discurso padrão da área de TI tender para o maniqueísmo (ou a área de TI é um custo ou é a luz no fim do túnel capaz de prever o futuro), a tecnologia da informação está consolidando-se como um meio de criação, compartilhamento e evolução do conhecimento, proporcionando uma fonte de aprendizado multi-canal e multi-direcional, capaz de promover uma grande evolução nos planos pessoal e profissional. Bastará a soma do uso correto de ferramentas existentes com a vontade de aprender, aliada a quebra de paradigmas e mudanças culturais, para uma pequena ou média empresa começar a colher os reais benefícios da tecnologia da informação.